O que devo fazer para me tornar um diplomata?
No nosso atual estado de globalização do mundo, é inevitável a conexão entre países e culturas diferentes para a sociedade.
Quando, por exemplo, algum brasileiro acaba por infringir alguma lei em um outro país. Isso se torna um problema internacional, que deve ser tratado com diplomacia.
As situações que um diplomata deve agir não se limitam a isso, mas sim quando há qualquer tipo de situação delicada entre dois países.
Porém, as situações que um diplomata é requisitado não são somente essas. Um profissional da diplomacia é responsável por representar o Brasil em diversas conferências, federações ou instâncias internacionais.
Algumas das áreas que necessitam da presença de um diplomata são:
- Conferências administrativas e econômicas;
- Diversas conferências ambientas;
- Representação cultural do país;
- Qualquer situação sociopolítica decorrente em outros países;
- Situações cerimoniais em diversos países;
- Representação nas áreas geopolíticas, como água, energia;
- Representação consular pelo país.
Pela necessidade de diversos diplomatas para preencher todas as áreas que se necessita da atuação de um profissional da área, o único requisito mínimo para se tornar um diplomata é ensino superior completo.
O que faz um diplomata
A função principal de um diplomata é negociar, informar e representar a favor do seu país. O diplomata é responsável por acompanhar e mediar as discussões e negociações internacionais referentes ao seu país.
É também dever de um diplomata conduzir as relações externas de seu país com países estados ou sujeitos internacionais.
Ou seja, uma nação indica um diplomata para a representar nas mais diversas situações fora de seu país. Deve-se levar em conta que a relevância das tarefas de um diplomata varia conforme sua posição na carreira hierárquica da diplomacia.
Deve-se levar em conta que a hierarquia da carreira dos diplomatas representa mais sua experiência dentro do ramo que realmente a relevância de suas ações, salvo os postos mais altos.
Muitos tornam-se diplomatas com interesse de ir o mais rápido possível para o posto de embaixador, porém o caminho até esse ponto é muito extenso.
Ao ser aprovado no concurso público, o recém contratado para diplomata se torna automaticamente Terceiro Secretário. Conforme suas atividades se aprimoram e o diplomata ganha experiência, ele pode passar para os próximos estágios da hierarquia diplomata.
A carreira de um diplomata pode então ter os seguintes cargos, em sua ordem na hierarquia:
- Segundo Secretário;
- Primeiro Secretário;
- Conselheiro;
- Ministro de Segunda Classe;
- Ministro de Primeira Classe.
Após chegar no último posto da carreira de um diplomata, Ministro de Primeira Classe, ele pode enfim ser indicado pelo Presidente da República para assim assumir as carreiras de Cônsul-Geral ou de Embaixador a favor do seu país.
As características e atributos básicos para se tornar um diplomata
Qualquer um com alguma formação em um ensino superior pode prestar a prova do concurso aplicada pelo instituto Rio Branco, chamada de Concurso de Admissão à Carreira diplomática (CACD) do ministério de relações exteriores, conhecido como Itamaraty.
Porém, as exigências dentro de uma carreira diplomática, e até mesmo as questões presentes na própria prova impedem que seja uma tarefa tão simples ingressar nessa carreira.
E, tais exigências são compreensíveis, visto que a responsabilidade de um diplomata para com seu país pode acabar por alavancar diversas situações irreversíveis.
Primeiramente, a língua inglesa é imprescindível para essa carreira. A língua inglesa é o idioma mais globalizado do mundo, e por consequência, um dos mais fáceis de se comunicar em diversos outros países, mesmo que não sejam dessa língua nativa.
Porém é também necessário conhecimento amplo de uma das línguas espanhola ou francesa. Para a execução do concurso, você deverá escolher uma dessas duas línguas a ser testada.
É necessário a fluência em uma dessas línguas apresentadas, além da língua inglesa, visto que elas estão vinculadas ao Serviço Exterior Brasileiro.
As três línguas, francês, inglês e espanhol, são utilizadas nos textos da Organização das Nações Unidas, juntamente ao Árabe, Russo e Chinês.
O conhecimento dessas línguas permite ao diplomata atuar em diversos países. Mesmo que o idioma nativo não seja nenhum dos três, a comunicação com a chancelaria local é facilitada com um dos três idiomas listados.
Outros idiomas de interesse do próprio diplomata podem ser interessantes, e proporcionar maiores oportunidades de se trabalhar em outros locais compatíveis com o terceiro idioma adquirido.
Ou seja, você pode se tornar um diplomata de prioridade para ir a um cargo na Alemanha, caso aprenda a falar, ou já seja fluente em Alemão.
Algumas das outras exigências para a carreira de um diplomata são, porém não se limitam à:
- Amplo conhecimento histórico do país de origem e de qualquer país que deseje atuar;
- Vasto conhecimento cultural;
- Conhecimento e compreensão do atual estado político global;
- Compreensão de temas relacionados a economia e administração.
Conhecimento nunca é demais para um diplomata, e variação nas carreiras dos diversos diplomatas não são somente uma vantagem, mas sim uma necessidade para o país.
Então é compreendido que a carreira de um diplomata é extremamente multidisciplinar. Visto estes pontos, é extremamente comum num mesmo escritório de diplomacia se encontrar pessoas com diversas carreiras diferentes.
Filósofos, engenheiros, jornalistas, médicos, professores, administradores, economistas, advogados, historiadores, são todas profissões muito comuns de se encontrar em uma única equipe diplomática de um país.
A capacidade de organização e foco são extremamente necessárias na carreira de um diplomata, assim como sua versatilidade, responsabilidade com seu país e disciplina consigo.
É exigido também sábia inteligência interpessoal, saber lidar com diversos públicos é o dever de um bom diplomata. Persuasão também é uma característica notável em comum entre os melhores diplomatas.
A formação de um diplomata
Como dito anteriormente, só é necessário um diploma de qualquer curso superior para poder se candidatar a prova do concurso para se tornar um diplomata no Brasil.
Deve-se levar em conta que um diploma de universidades estrangeiras também contam para se prestar o concurso para se tornar diplomata, porém, deve-se antes ser aprovado pelo Ministério da Educação.
Porém, o Instituto Rio Branco por si já engloba diversos cursos, workshops, palestras e estágios obrigatórios necessários para a carreira de um diplomata.
Após ser aprovado na prova de concurso para diplomata, o intenso curso irá já se iniciar para a formação do profissional.
Afinal, um diplomata do instituto de relações exteriores tem a obrigação de otimizar as relações internacionais que o Brasil possui com diversos outros países.
E dentro da sua carreira diária, diversos dos conceitos e ideias apresentados durante a formação profissional de um diplomata serão postos à prova.
A carreira de diplomata é privativa a brasileiros natos. Um diplomata pode ter dupla nacionalidade, desde que uma delas seja brasileiro nato.
São considerados brasileiros natos, qualquer indivíduo nascido dentre esses três casos:
- Filho de pais estrangeiros, nascido no Brasil, porém nenhum dos pais podem estar prestando serviço ao governo do país de origem;
- Filhos de brasileiros em um país estrangeiro, desde que pelo menos um deles estejam prestando serviço ao governo da República Federativa do Brasil;
- Nascidos em terras estrangeiras de pais brasileiros, desde que venham a residir no Brasil ou optem a qualquer tempo após atingirem a maioridade por registrar a nacionalidade brasileira.
Algumas deficiências podem interferir na carreira de um diplomata. Após passar no concurso de diplomacia, o candidato ainda deverá passar por um exame médico específico para averiguar se o candidato poderá não prestar serviço a diplomacia brasileira.
O curso de formação dos recém ingressados diplomatas
O curso de formação é obrigatório para Terceiros Secretários que acabam de ingressar no cargo. O curso possui duração de três ou quatro semestres, e duração integral.
Já durante o último semestre, o Terceiro Secretário deverá cumprir as aulas do curso no período da manhã, enquanto estagia em uma das áreas disponíveis na Secretaria de Estado das Relações Exteriores.
Nesse estágio, o Terceiro Secretário terá a oportunidade de se familiarizar com outras diplomatas em diversos estágios hierárquicos e setores do seu trabalho, enquanto se familiariza com a dinâmica e atuação do Serviço Exterior Brasileiro.
O curso oferecido para os recém ingressados na diplomacia não possui diretrizes fixas, salvo exceção dos idiomas inglês, francês e espanhol. Algumas das matérias mais recentes que compuseram o curso de 2015 são:
- Diplomacia Consular e Comercial
- Linguagem Diplomática
- Aulas de russo, chinês e árabe
- Desenvolvimento Sustentável
- História da América do Sul e da Política Externa do Brasil
- Direito Internacional Público, assim como Direitos Humanos e Temas Sociais
- Organizações Econômicas e Políticas Internacionais
- Teoria Geral do Estado e Direito de Integração
- Técnicas de Negociação
Políticas Internacionais e Políticas Externas do Brasil
A grade Curricular de um curso pode variar de um ano a outro. As variações ocorrem conforme disponibilidade de professores, o perfil dos novos alunos, e as diretrizes da política externa brasileira.
Muitos se preocupam se conseguirão fazer o curso sem poder trabalhar em paralelo, porém a partir da admissão do aluno e Terceiro Secretário, eles já estão sujeitos a remuneração mensal válida para seu cargo.
O instituto, no entanto, não é considerado uma escola de graduação para mestrado em Relações Internacionais. De acordo com a legislação, é uma escola do governo somente capacitada a formar e aperfeiçoar diplomatas para o Brasil.
O Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD)
O nome dado a prova que é realizada para a admissão de novos diplomatas no Brasil é Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, sigla CACD.
Desde 1946, esse concurso é realizado anualmente para a admissão de novos Terceiros Secretários. Mediante a aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão o edital e orçamento para a realização do concurso são lançados.
As informações de inscrição para o CACD se encontram no seu edital anual. Esse edital pode ser encontrado do endereço eletrônico do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos, (CESPE).
O CESPE é a instituição responsável por auxiliar e administrar a aplicação das provas do CACD.
Após o preenchimento da ficha de inscrição online disponível no endereço da instituição CESPE e paga a taxa de inscrição, é de responsabilidade do candidato reconhecer o edital para reconhecer se preencherá os requisitos básicos se for aprovado no concurso.
Os requisitos para se ingressar no cargo de diplomata como Terceiro Secretário, caso o candidato seja aprovado nas provas são:
- Ser brasileiro nato, conforme aponta o Artigo 12 da Constituição Federal;
- Estar em pleno gozo de seus direitos políticos;
- Estar em dia com as obrigações do Serviço Militar obrigatório somente aos candidatos de sexo masculino;
- Estar em dia com suas obrigações eleitorais, caso seja político, não tenha o título cassado, e não ter o título eleitoral suspenso;
- Apresentar diploma de um curso de graduação superior devidamente registrado no Ministério da Educação (MEC);
- Caso diploma tenha sido emitido em uma universidade estrangeira, cabe ao candidato revalidar o diploma no Ministério da Educação e apresentar o diploma até a data da posse;
- Já estar na idade de maioridade penal, 18 anos;
- Apresentar total capacidade e aptidão física e mental para realizar os exercícios de sua profissão. Essas aptidões serão verificadas em exames pré-admissionais de acordo com o Artigo 14 da Constituição Federal.
A inscrição para o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática somente apresenta idade mínima, que é 18 anos. Porém, deve-se notar que existe permanência máxima para exercício em cargo público, atualmente esse limite sendo 70 anos.
Atualmente não há curso oficial para quem quer cursar a prova e tentar ingressar na carreira de diplomata. Todavia, o Instituto Rio Branco é aberto a perguntas de qualquer indivíduo que tenha dúvidas sobre as provas e a carreira quem um diplomata enfrenta.
A participação do concurso não é limitada. Pelo contrário, é livre para o público. Ou seja, mesmo que você não tenha ainda diploma de curso superior, você já poderá prestar a prova, só não poderá ingressar na carreira até a apresentação do diploma mediante a data descrita.
Candidatos que cursaram Direito não necessitam efetuar ou serem aprovados no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Eles podem ingressar no cargo de Terceiro Secretário somente com o diploma de ensino superior.
Atenção especial deve ser dada aos interessados em ingressar na carreira diplomática que possuam cônjuges de nacionalidade estrangeira, ou mesmo empregado por governos estrangeiros ou deles recebendo qualquer tipo de pensão ou comissão.
Sua inscrição no curso será condicional, e você só poderá ser aprovado e ingressar no cargo caso obtenha a aprovação do Ministro de Estado das Relações Exteriores.
Estas exigências listadas acima ainda são aplicadas, mesmo com o processo de separação judicial entre o candidato e seu cônjuge já se encontre em andamento, caso o processo ainda não tenha sido julgado.
O Instituto Rio Branco não realiza nenhum curso preparatório para as provas que compõe o CACD, nem mesmo mantém qualquer tipo de relações com instituições que promovem e aplicam cursos para o auxílio ou preparação para o concurso.
Muitos alunos se preparam com o material compilado no Manual do Candidato apresentado pela Fundação Alexandre de Gusmão, ou FUNAG. O candidato deve ter em mente que essa fundação não possui relação direta com a prova antes de ir em busca de auxílio por ela.
Visto essas informações, se deve ter em mente antes de buscar qualquer material de apoio, que mesmo as compilações de matérias feitas por diversos especialistas centradas especialmente para o CACD, podem não conter o foco ou profundidade requisitados na prova.
A banca examinadora da CACD não é subordinada a qualquer linha teórica, didática, doutrina ou dogma que possa indiciar de alguma forma a integridade do concurso.
É de plena responsabilidade do candidato a busca de materiais diversos para a preparação para as provas do CACD.
Os materiais utilizados pelo candidato para extrair o conhecimento que o mesmo considere necessário para responder as questões apresentadas para a prova são de pleno julgamento próprio.
É recomendado ao candidato diversas fontes externas variadas de informações, para se alcançar o nível de informação, capacidade de reflexão e articulação de ideias desejado e cobrado pela banca examinadora, cujo decisões são independentes e soberanas.
Os Manuais do Candidato listados acima podem ser encontrados no Anexo 2 do Ministério de Relações Exteriores, onde se encontra a loja da FUNAG. Podem ser adquiridos também pela internet, no endereço eletrônico da FUNAG, gratuitamente baixando cópias em PDF.
A FUNAG não mantém qualquer vínculo com o Instituto Rio Branco ou qualquer aplicação com as provas, porém compila materiais que julga importantes e necessários para a execução adequada das questões apresentadas na prova do CACD.
Para o auxílio do estudo de um candidato, o Guia do Estudante e as provas de concurso anteriores, juntamente com demais informações relevantes podem ser encontradas no site do Instituto Rio Branco, na seção “CACD – Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata”.
O candidato deve ficar ciente que apesar do Guia do Estudante conter materiais que auxiliam o candidato na preparação e execução das questões da prova, elas não limitam os conteúdos nela presente, tampouco tem qualquer influência na avaliação da Banca Examinadora.
Todas as etapas que compõe o CACD são efetuadas nas 26 captais estaduais do Brasil, e juntamente em Brasília, com exceção dos exames médicos pré-admissionais. Caso o candidato resida no exterior, será necessário a presença dele em uma das captais para efetuar o CACD.
A prova do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata
A prova do CACD é composta por três complexas fases para avaliar por completo as capacidades de um candidato a se tornar um diplomata.
A primeira fase do CACD compõe uma prova objetiva. Ela é planejada com caráter eliminatório e classificatório. Essa fase é constituída de questões de Língua Portuguesa, História mundial e brasileira, noções de economia e direito, política internacional, língua inglesa e geografia.
A segunda fase do concurso, compõe uma prova produzida novamente para eliminar e classificar seus candidatos. A prova é uma redação escrita em língua portuguesa para avaliar as capacidades de enunciação e compreensão objetivas e subjetivas do candidato.
A terceira e última fase do concurso é composta de provas escritas, também possuindo caráter eliminatório e classificatório. Essa última prova possui questões de Noções de Política, Política internacional, História do Brasil, Língua Inglesa, e de um dos idiomas, francês ou espanhol.
Fora os assuntos mencionados, espere questões relacionadas a geografia, cultura brasileira e do exterior, história global e direito internacional público.
Com a intenção de manter a transparência e igualdade durante todas as etapas e procedimentos do CACD, todo o processo além de ser gerido pelos organizadores do curso, é acompanhado por todos os envolvidos, incluindo as instituições envolvidas.
Funcionários dos organizadores e membros da banca examinadora devem assinar um termo de confidencialidade para com os candidatos prestadores do CACD. Ainda que o processo não tenha como expor os candidatos de forma alguma por ser totalmente eletrônico.
As provas da primeira etapa são corrigidas cem por cento eletronicamente. Assim que executadas elas, são comparadas ao gabarito que possui somente uma resposta por pergunta.
A segunda e terceira etapa da CACD são corrigidas por três examinadores para cada matéria. Essas provas são digitalizadas, e a correção é passada por meio eletrônico. Não há possibilidade de identificação de qualquer forma do candidato para os examinadores da banca.
Ação Afirmativa
A Ação Afirmativa é o nome dado ao programa que tem como objetivo a igualdade de oportunidades a afrodescendentes.
Esse programa mantido desde 2002, têm parcerias com a Secretaria dos Direitos Humanos, Secretaria Especial de Política e Promoção de Direito e Igualdade Racial
O processo seletivo para as bolsas-prêmio para candidatos afrodescendentes ocorre todos os anos. Basta a disponibilidade financeira da instituição estar disponível e o candidato ter passado nas fases do processo seletivo.
O valor da bolsa é e vinte e cinco mil reais, destinados para o candidato conseguir adquirir novos conhecimentos, materiais e cursos que preencham sua necessidade de conhecimento para o bolsista efetuar a CACD.
O bolsista deve comprovar que o dinheiro sendo mandado para ele está sendo aplicado somente na aquisição de novos conhecimentos para a execução do concurso.
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