ESTUDANDO NÃO SÓ PARA APROVAR, MAS PARA APRENDER

Estudar é sinônimo de explorar, investigar. É procurar adquirir o conhecimento sobre algo. Significa se dedicar à apreciação ou compreensão de alguma coisa. É examinar ou observar cuidadosamente com a finalidade de entender aquilo. 
O conhecimento prévio de alguma coisa requer um grande esforço mental para aprender. Mesmo as pequenas coisas são estudadas, exploradas, investigadas, antes de executá-las. E o saber é uma dádiva. Podemos estudar o que nós quisermos, saber de tudo um pouco. Para isso, basta ter força de vontade. 
O simples fato de estudar para conseguir uma aprovação em alguma prova, exame ou em um concurso público, não quer dizer que só serviu para aquela finalidade. O conhecimento não é perdido nunca. Uma vez aprendido, jamais esquecerá. Como diriam os mais velhos, é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece. 
E é a mais pura verdade. Nosso cérebro tem uma capacidade infinita de armazenar informações. A grande questão é como buscar essas informações quando precisamos ou queremos. 
Manter seu cérebro ativo é uma das recomendações mais usuais para ter facilidade em encontrar as informações e conhecimentos adquiridos ao longo dos anos. 
Como estudar implica em uma atividade cerebral custosa em tempo e também em consumo de energia, melhor que seja para aprender também, vocês não concordam? É um desperdício estudar por estudar, somente para prestar um concurso por exemplo.  
Essa história de ‘decoreba’ muito comentado no ensino fundamental, não é nem um pouco rentável ou produtivo. Ninguém em sã consciência quer isso, levar as coisas na barriga. 
Estudar é uma boa. Se você está aprendendo significa que possui inteligência e capacidade mental para isso. Não faça dos estudos apenas uma obrigação. Quando se estuda com vontade e desejo, o aprendizado se torna mais eficiente. 
Para tudo que você pretende realizar você precisa pensar. E como já falamos, pensar custa caro. Por quê? Porque tempo é dinheiro e pensar gastar energia, lembra? 
Bom, voltando. Já que para realizar qualquer atividade é necessário o empenho intelectual, uma certa atenção, e porque não incluir, até mesmo um pouco de motivação e determinação, que o faça de modo prazeroso, para que lá na frente, possa colher frutos desse aprendizado. 
E a dificuldade em aprender algo está diretamente ligada à sua importância. A relevância atribuída ao conhecimento que se quer captar é crucial. Quanto maiores forem as exigências cognitivas (que se refere a capacidade de adquirir ou de absorver conhecimentos) derivadas da necessidade de aprender alguma coisa, maior peso e relevância parece ter essa informação. 
Nós estamos muito mal acostumados que para aprender é necessário que as informações sejam passadas por profissionais de magistraturas ou alguém de importância no cenário que atua. E isso é um engano. 
Nós somos capazes de estudar aprender sozinhos, apesar da dificuldade em compreensão em determinados tópicos. Nós temos que recuperar a virtude do esforço pessoal, em declínio hoje em dia, que quase deixou de existir em função da transmissão do saber, achando que o único método de aprendizado é aquele passado de uma pessoa para outra. Seja assimilada através de aulas ou por conta do reforço de alguma autoridade social. 
Nós podemos, e devemos, mesmo aprender com os outros, afinal, quanto mais conhecimento maior a sua capacidade e possibilidade de se destacar em meio a multidão. Mas esse não é o único caminho, tampouco o mais essencial. 
Para muitos estudantes o que importa mesmo é a memorização, a absorção e a ingestão do maior número de informações possíveis e imagináveis. E o pior é que não estão preocupados com isso, não vendo problema nessa atitude. As informações carecem de mastigação e digestão antes de serem engolidas. 
Essa metodologia de decorar sem entender o propósito é, na verdade, uma forma equivocada de se aprender. Podemos afirmar que esse é um método, imoral, vicioso e alienante, e porque não dizer, totalmente antipedagógico. 
E o pior é que essa prática é até incentivada nas escolas desde cedo. Estão mais preocupados em estudar para aprovar, do que estudar para aprender, que tem significados completamente distintos. Há uma gigantesca diferença entre os dois pontos de vista. 
Ou você opta por ser um robô, sem perspectiva na vida, só fazendo o que é mandado, porque não entende do que se trata; ou você toma as rédeas da situação, enfrenta o sistema engessado e busca o aprendizado correto, para depois, conseguir realizar seus sonhos. 
Porque só consegue alcançar seus objetivos quem aprende alguma coisa nas lições da vida. Quem não consegue desenvolver o raciocínio, dificilmente alcançará o sucesso. Quanto muito conseguirá ser a sombra de alguém bem sucedido. 
A enorme distância que existe entre estudar para aprender estudar para aprovar põe em xeque a qualidade do ensino. Com a aprovação, é mascarada a ineficiência e a falta de conhecimento que assola não só estudantes, mas a maioria da população brasileira, e também a mundial. 
Essa é uma das razões de os concurseiros muitas vezes parecem mais preparados do que os demais, porque na verdade são. Estudam de modo a entender do que se trata, e não para decorar como se fosse um discurso ou uma chamada oral de tabuada. 
Nós, do ramo de concursos, somos desafiados o tempo todo, mantemos nosso cérebro em constante atividade, e buscamos explorar e investigar tudo. Saber o porquê de tudo. 
E pessoas com essa mentalidade se sobressaem perante os demais também nas grandes corporações. Ocupam cargos executivos e de chefia. Porque quem não entende o funcionamento das coisas, tem que receber ordem, assim como recebia conhecimento, à força, empurrado goela abaixo.  
Não se pode esquecer de maneira alguma que se aprende com esforço e determinação. Grupos de discussão são importantes. Questionamentos e escritas criativas (de ideias) e conceitos fazem parte de um bom aprendizado. Leitura de obras de verdadeira qualidade intelectual, são as que de fato ajudam. 
Para voltar a aprender, e não simplesmente ser aprovado, nós precisamos acabar com esse mundo de conteúdo mínimo, de informações desconexas e de estudo desvinculado, desinteressado e sem reflexão alguma. 

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